1 - O Dr. José Borges de Barros
Nasceu na cidade da Bahia a 18 de março de 1657, estudou no Colégio dos Jesuítas da Bahia e tinha como meta ingressar na Companhia de Jesus, já havendo inclusive, feito estudos e se alistado nessa companhia em sua pátria, deixando-a em virtude do seu estado físico não lhe permitir a observância dos preceitos dela e então, se dirigindo para a Universidade de Coimbra recebeu o Grau de mestre em artes e bacharelou-se em cânones de 1683 a 1697. Na terra natal foi Cônego, mestre-escola da Catedral da Sé, Desembargador das Relações Eclesiásticas, Vigário Geral e Juiz de Resíduos. Tornando a Portugal, serviu em Coimbra ocupando no Bispado os lugares de Provisor e Vigário Geral, Prior de Almedina e também Provisor e Vigário Geral em Évora, chegando a ser indicado Arcebispo de Goa, recolhendo-se, porém, ao oratório de S. Felipe Neri para novamente tentar a vida monástica. Além desta bela carreira eclesiástica foi lente de Filosofia e de Teologia, exímio pregador, rival do célebre Pico de Mirandola.
- Sermão vários 2 tomos in - 4o.
- Tratado prático dos materiais heraficiais, in - 4o.
- Arte de memória ilustrada
Nasceu na cidade da Bahia a 18 de março de 1657, estudou no Colégio dos Jesuítas da Bahia e tinha como meta ingressar na Companhia de Jesus, já havendo inclusive, feito estudos e se alistado nessa companhia em sua pátria, deixando-a em virtude do seu estado físico não lhe permitir a observância dos preceitos dela e então, se dirigindo para a Universidade de Coimbra recebeu o Grau de mestre em artes e bacharelou-se em cânones de 1683 a 1697. Na terra natal foi Cônego, mestre-escola da Catedral da Sé, Desembargador das Relações Eclesiásticas, Vigário Geral e Juiz de Resíduos. Tornando a Portugal, serviu em Coimbra ocupando no Bispado os lugares de Provisor e Vigário Geral, Prior de Almedina e também Provisor e Vigário Geral em Évora, chegando a ser indicado Arcebispo de Goa, recolhendo-se, porém, ao oratório de S. Felipe Neri para novamente tentar a vida monástica. Além desta bela carreira eclesiástica foi lente de Filosofia e de Teologia, exímio pregador, rival do célebre Pico de Mirandola.
- Sermão vários 2 tomos in - 4o.
- Tratado prático dos materiais heraficiais, in - 4o.
- Arte de memória ilustrada
Nota:. Manuel Vieira de Barros engana-se Frei Jaboatão era cunhado e não filho de João Borges de Macedo. Lê-se no processo de habilitação a Ordem de Cristo de Domingos Borges de Barros o licenciado Manuel Vieira de Barros irmão inteiro de sua mãe o beneditino Frei João Vieira foi clérigo pároco 14 anos em Ilhéus e Sergipe e chegou a meia plebenda, cônego e Tesoureiro-mór da sé da Bahia. Também foi vigário de Vitória diz o Dr. Gonçalo Soares da França, dissertação 1a. e 2a. parte de sua história eclesiástica apresentada em 1724.
2 - Maria de Barros
Batizada a 19 de setembro de 1658, faleceu solteira.
3 - Salvador Borges de Barros
Batizado a 29 de agosto de 1660.
4 - O Capitão Estevão de Barros (1)
Batizado a 1o. de janeiro de 1662. Casou com Eugenia da Cunha , que era filha de Pedro Ferreira, Alferes, teve reformação geral a 15 de dezembro de 1663, na Bahia, natural da Vila de Serinhaen, bispado de Pernambuco com D. Bárbara da Cunha, natural da freguesia do Monte, na Bahia.
5 - Dr. João Borges de Barros
Batizado a 22 de janeiro de 1666, foi cura da Sé na Bahia e desembargador das Relações Eclesiástica, bacharelou-se em cânone na Universidade de Coimbra em 1690. faleceu a 09 de setembro de 1735
6 - Manoel Borges de Barros
Batizado a 05 de março de 1667.
7 - Madre Maria da Soledade
Nasceu na Bahia, Freguesia da Santa Sé, no dia 24 de agosto de 1668; Foi batizada na Catedral no dia 08 de setembro do mesmo ano, chamou-se Maria por ser a data do batismo o dia do nascimento da mãe de Jesus.
Após seu ingresso no Desterro, nunca mais falou com seus irmãos e parentes, nem com nenhuma outra pessoa de fora da instituição, apenas se dirigia ao parlatório duas vezes ao ano, para falar com sua mãe. Foi incansável no exercício de ouvir missas e durante a realização dos atos religiosos, ficava a orar imóvel, escutando atenciosamente o que dizia o Padre; Do mesmo modo assistia ao Ofício Divino, de tal sorte que durante 32 anos nunca faltou ao choro (1), nem a ato algum, excluindo-se os três dias que precederam a sua morte.
Algumas vezes demonstrava desejo de morrer, dizendo: “Se não fora ofensa a Deus, tomar a criatura à morte por suas próprias mãos, tomaria ela pela grande vontade que tenho de morrer, de que sirvo neste mundo para desejar vida?”. Esta forma de falar, segundo as irmãs, era porque queria encontrar-se e servir melhor a Deus.
Em outra ocasião no término de uma reforma em seus aposentos, recebeu proveniente de Portugal, um Sacrário de Prata (2) que ofereceu ao Desterro, guardando segredo, para não levantar a suspeita de ter sido sua aquela oferta; apenas duas Irmãs tinham o conhecimento de que o Sacrário pertencia a Madre Maria, porém foram por sua vez solicitadas a nada divulgarem a respeito.
Estando diante do Santíssimo Sacramento, nada temia, e dois relatos curiosos, marcaram sua inabalável fé:
Estando como de costume orando em seu canto, junto à grade do choro em companhia de outra religiosa que a acompanhava nas orações, ouviram um ruído ou estrondo que vinha da direção do Mirante, como que caindo algo; disse-lhe a outra com grande pavor que seriam pedras, abraçou-se à Madre Maria e trêmula começou a gritar; para evitar que a ouvissem, tentou acalmar a companheira, dizendo-lhe que não tinha sido nada, porém a religiosa veio a desmaiar, Madre Maria puxou- a para fora do choro e esteve com ela até o retorno completo da sua lucidez.
Recomendou Madre Maria, que a companheira nada comentasse a respeito, pois não tinha sido nada.
Em outra ocasião, estava orando juntamente com outras religiosas, ouviu-se também um outro estrondo, desta vez parecia que o Mirante estava desabando e com o estrondo também se ouviu cavalos rincharem, rosnar de porcos, uivos de cachorros e vozes; ruídos estes não só ouvido pelas que estavam no choro mas pelas que estavam de fora, e que logo correram para o local, encontrando-se com as Irmãs que estavam no choro e que saíram igualmente correndo. A Madre Maria, conforme se comentou, pareceu vir pelos ares, caindo pela escadaria abaixo, se estendendo no chão como morta; foi bastante pisada pelas outras, porém nada sofreu. Diziam as irmãs que teria sido o inimigo comum mas a Madre Maria guardou inteiro silêncio sobre o assunto, inclusive se algo mais ocorrera, pois retornou ao local para continuar as orações abruptamente interrompidas.
Em uma Sexta-feira, 27 de outubro de 1719, estava Madre Maria da Soledade, gravemente enferma, já tinha feito várias sangrias, tendo sido este tratamento inútil, e como a Prelada a visse com tanta vontade de ir ao choro, apesar do seu estado de saúde, foi-lhe permitido; e rezou com a mesma devoção e espírito, lá se detendo longo tempo, motivo pelo qual foi chamada a atenção por uma das religiosas. Respondendo-lhe que tinha ido despedir-se do Senhor Sacramentado.
Na Segunda - feira, terceiro dia do agravamento da doença e último de sua vida, pediu que as religiosas lhe fizessem uma cama no chão, e que lhe descem o seu manto para cobrir-se, pedia constantemente água, pois dizia sentir alívio quando bebia.
Sua morte, ocorreu naquele mesmo dia, às dez horas da noite, 30 de outubro de 1719, tendo de idade cinquenta e um anos, dois meses e seis dias, e de hábito trinta e dois anos, oito meses e vinte e oito dias.
Faleceu de forma tranquila, como se estivesse a dormir, seu corpo foi transferido para a Capelinha do Senhor dos Passos onde esteve durante aquela noite, no esquife tinha o semblante tão agradável que parecia estar viva, tal a extraordinária formosura de que se achava revestida.
(1) Choro - Local apropriado para orações e meditações.
(2) Sacrário de prata - Peça que se encontra no Convento do Desterro, doado pela Sóror Maria da Soledade, que com recursos próprios e esmolas mandou fazer em Portugal a preciosa peça, que conta aproximadamente 300 anos.
Batizado a 05 de março de 1667.
7 - Madre Maria da Soledade
Nasceu na Bahia, Freguesia da Santa Sé, no dia 24 de agosto de 1668; Foi batizada na Catedral no dia 08 de setembro do mesmo ano, chamou-se Maria por ser a data do batismo o dia do nascimento da mãe de Jesus.
Após seu ingresso no Desterro, nunca mais falou com seus irmãos e parentes, nem com nenhuma outra pessoa de fora da instituição, apenas se dirigia ao parlatório duas vezes ao ano, para falar com sua mãe. Foi incansável no exercício de ouvir missas e durante a realização dos atos religiosos, ficava a orar imóvel, escutando atenciosamente o que dizia o Padre; Do mesmo modo assistia ao Ofício Divino, de tal sorte que durante 32 anos nunca faltou ao choro (1), nem a ato algum, excluindo-se os três dias que precederam a sua morte.
Algumas vezes demonstrava desejo de morrer, dizendo: “Se não fora ofensa a Deus, tomar a criatura à morte por suas próprias mãos, tomaria ela pela grande vontade que tenho de morrer, de que sirvo neste mundo para desejar vida?”. Esta forma de falar, segundo as irmãs, era porque queria encontrar-se e servir melhor a Deus.
Em outra ocasião no término de uma reforma em seus aposentos, recebeu proveniente de Portugal, um Sacrário de Prata (2) que ofereceu ao Desterro, guardando segredo, para não levantar a suspeita de ter sido sua aquela oferta; apenas duas Irmãs tinham o conhecimento de que o Sacrário pertencia a Madre Maria, porém foram por sua vez solicitadas a nada divulgarem a respeito.
Estando diante do Santíssimo Sacramento, nada temia, e dois relatos curiosos, marcaram sua inabalável fé:
Estando como de costume orando em seu canto, junto à grade do choro em companhia de outra religiosa que a acompanhava nas orações, ouviram um ruído ou estrondo que vinha da direção do Mirante, como que caindo algo; disse-lhe a outra com grande pavor que seriam pedras, abraçou-se à Madre Maria e trêmula começou a gritar; para evitar que a ouvissem, tentou acalmar a companheira, dizendo-lhe que não tinha sido nada, porém a religiosa veio a desmaiar, Madre Maria puxou- a para fora do choro e esteve com ela até o retorno completo da sua lucidez.
Recomendou Madre Maria, que a companheira nada comentasse a respeito, pois não tinha sido nada.
Em outra ocasião, estava orando juntamente com outras religiosas, ouviu-se também um outro estrondo, desta vez parecia que o Mirante estava desabando e com o estrondo também se ouviu cavalos rincharem, rosnar de porcos, uivos de cachorros e vozes; ruídos estes não só ouvido pelas que estavam no choro mas pelas que estavam de fora, e que logo correram para o local, encontrando-se com as Irmãs que estavam no choro e que saíram igualmente correndo. A Madre Maria, conforme se comentou, pareceu vir pelos ares, caindo pela escadaria abaixo, se estendendo no chão como morta; foi bastante pisada pelas outras, porém nada sofreu. Diziam as irmãs que teria sido o inimigo comum mas a Madre Maria guardou inteiro silêncio sobre o assunto, inclusive se algo mais ocorrera, pois retornou ao local para continuar as orações abruptamente interrompidas.
Em uma Sexta-feira, 27 de outubro de 1719, estava Madre Maria da Soledade, gravemente enferma, já tinha feito várias sangrias, tendo sido este tratamento inútil, e como a Prelada a visse com tanta vontade de ir ao choro, apesar do seu estado de saúde, foi-lhe permitido; e rezou com a mesma devoção e espírito, lá se detendo longo tempo, motivo pelo qual foi chamada a atenção por uma das religiosas. Respondendo-lhe que tinha ido despedir-se do Senhor Sacramentado.
Na Segunda - feira, terceiro dia do agravamento da doença e último de sua vida, pediu que as religiosas lhe fizessem uma cama no chão, e que lhe descem o seu manto para cobrir-se, pedia constantemente água, pois dizia sentir alívio quando bebia.
Sua morte, ocorreu naquele mesmo dia, às dez horas da noite, 30 de outubro de 1719, tendo de idade cinquenta e um anos, dois meses e seis dias, e de hábito trinta e dois anos, oito meses e vinte e oito dias.
Faleceu de forma tranquila, como se estivesse a dormir, seu corpo foi transferido para a Capelinha do Senhor dos Passos onde esteve durante aquela noite, no esquife tinha o semblante tão agradável que parecia estar viva, tal a extraordinária formosura de que se achava revestida.
(1) Choro - Local apropriado para orações e meditações.
(2) Sacrário de prata - Peça que se encontra no Convento do Desterro, doado pela Sóror Maria da Soledade, que com recursos próprios e esmolas mandou fazer em Portugal a preciosa peça, que conta aproximadamente 300 anos.
8 - Coronel Domingos Borges de Barros (2)
Batizado a 26 de maio de 1670, soldado pago nas portas de São Bento, serviu de 7 de dezembro de 1694 a 12 de agosto de 1701.
Foi nomeado através de Carta Patente em 05 de maio de 1701, Coronel do Regimento do Sertão que compreende os Distritos de Maçacará, Rio Verde Grande, Jeremoabo até Paramirim. Por possuir ele, todas as qualidades inclusive pela satisfação evidenciada com que serviu a S. Majestade nesta praça, com qualificação de soldado da Companhia do Mestre de Campo Antonio de Barros, exercendo também o posto de Tenente do Castelo de N. Sra. da Encarnação com pontual cumprimento de suas obrigações pelo período de quase sete anos bem como, pelo fato de ser filho do Capitão João Borges de Macedo se constituíram prerrogativas para uma bela carreira.
Não conseguiu, entretanto o ingresso na Ordem de Cristo, por não se saber a naturalidade do avô materno e da avó paterna, e ainda por ter sido armador e pintor o avô paternoTeve sesmaria de uma légua em quadra em Maragogipe, 1º. De Outubro de 1708. e afazendava no Rio Vermelho, como lembra na poesia descritiva o seu amigo Gregório de Matos, Graciosa, III, pp. 198-206. Fez o Engenho de Camorogi e Gregório de Matos fala de sua rica produção.
Batizado a 26 de maio de 1670, soldado pago nas portas de São Bento, serviu de 7 de dezembro de 1694 a 12 de agosto de 1701.
Foi nomeado através de Carta Patente em 05 de maio de 1701, Coronel do Regimento do Sertão que compreende os Distritos de Maçacará, Rio Verde Grande, Jeremoabo até Paramirim. Por possuir ele, todas as qualidades inclusive pela satisfação evidenciada com que serviu a S. Majestade nesta praça, com qualificação de soldado da Companhia do Mestre de Campo Antonio de Barros, exercendo também o posto de Tenente do Castelo de N. Sra. da Encarnação com pontual cumprimento de suas obrigações pelo período de quase sete anos bem como, pelo fato de ser filho do Capitão João Borges de Macedo se constituíram prerrogativas para uma bela carreira.
Não conseguiu, entretanto o ingresso na Ordem de Cristo, por não se saber a naturalidade do avô materno e da avó paterna, e ainda por ter sido armador e pintor o avô paternoTeve sesmaria de uma légua em quadra em Maragogipe, 1º. De Outubro de 1708. e afazendava no Rio Vermelho, como lembra na poesia descritiva o seu amigo Gregório de Matos, Graciosa, III, pp. 198-206. Fez o Engenho de Camorogi e Gregório de Matos fala de sua rica produção.
Casou-se com D. Maria de Araújo , filha de Luiz Ferreira de Araújo, que já era viúva do Coronel Francisco de Brito Barbosa, pessoa de principal nobreza desta cidade foi Coronel de Ordenança de Jaguaripe, Itaparica e Capanema, do qual teve uma filha cujo o nome era D. Thereza Maria de Brito, que por sua vez casou-se com José Sodré Pereira, filho do mestre de Campo Jerônimo Sodré Pereira e de D. Francisca de Aragão, e por morte de José Sodré Pereira, que o mataram, foi acusada de mandante do crime juntamente com dois mulatos a quem foi concedido livramento ordinário, e se recolheu D. Thereza no Desterro. (Anais cit., v.43, p. 21) Teve D. Thereza Maria de Brito três filhas com José Sodré Pereira:
Francisca Joaquina da Assunção nascida em 1722 foi para o Convento com 19 anos, Teresa Francisca de São José com 18 anos, ambas foram enclausuradas em 1741 e Ana Josefa dos Anjos nascida em 1728 e enclausurada em 1750, todas natural de São Bartolomeu de Maragogipe e batizadas na capela de N Sra do Livramento. No período era o arcebispo do Convento D. José Botelho de Matos.
No registro da Santa Casa, 8 de julho de 1764: “ veio a notícia de que era falecida D. Maria de Araújo” que faleceu a 08 de novembro de 1762. O Coronel Domingos Borges de Barros, morreu a 27 de agosto de 1734.